quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Teremos todo o tempo do mundo...








Como barco, onda, utopia, nuvem, mar…

Sítios onde me perco e procuro...


Tudo parece simples
Porque as palavras se despem e
Vestem as frases que escrevo no poema…


Ainda hoje não sei porque é preciso explicar tudo….
Não sei porque vejo os dias sentados na praia à minha espera…
Acreditando no fascínio das ondas…
Iludidos…


E sabes?


Nunca me perdi na rua como no tempo…
Nunca me perdi no tempo como nos instantes…
E nunca o acaso me olhou da praia e desejou…
Que eu fosse além do destino profundo da espuma leve…


Depois…


Todos os rios conhecidos moram aqui...
Na fonte dos caminhos... no teu peito...
Não te digo hoje....
Não te digo amanhã....
Porque do tempo
Tenho apenas a leitura das palavras
e...em cada letra uma espiga só
E em cada poema
A demora das searas....
.....

Nunca me perdi na rua como no tempo…
Nunca me perdi no tempo como nos instantes…
Por isso procura-me quando a lua nascer...
Terei a voz mais submissa e serei escrava....
E…Quando te cansares…
Com as minhas mãos acordarei
O que em ti se deixou adormecer...
....

Teremos todo o tempo
Do mundo
Para clarear os deslumbramentos
E arranjar os prodígios
E serenarmos
Os princípios da tempestade...

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