sábado, 2 de janeiro de 2010

O Ano Novo ...e de novo o Mar!



Hoje é um Ano Novo…e quando apaziguas a minha angústia devolves-me a inquietação...

Passo então para a outra margem da cidade….abro a alma e o corpo para te encontrar… para me descobrir….para ser a tua foz…o cálice que te recebe, de lábios abertos e doces…
Navegas em mim para te perderes...eu uso um olhar brilhante que se confunde com o azul, quase lilás, que trago de outros lugares…perdes-te no meu rio salgado e doce… saboreias o meu gemido… acaricias os meus receios… penetras a minha concha…vejo-te mergulhar no abismo…apanho-te no salto e embalo as tuas incertezas suaves e transformo-as em ternura dos gritos dos golfinhos…

Já não há margens e as cidades desapareceram… fica-nos o mar… fica-nos o dia com pouco sol que partilhámos tão longe e tão perto…






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