quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sentei-me em frente ao mar...





Estarei sozinha sentada em frente ao mar…
Procurando perder-me na lonjura
Dos dias e dos momentos…

Não quero deixar a serenidade
Dos momentos que vão correndo agora
Na minha vida…
Não quero imaginar esta noite…
Sonhar esta noite…
Por isso me sentei em frente ao mar
Para que a brisa apague e seque
As lágrimas que eventualmente
Teimem em cair…

Amanhã começa o Outono
Amanhã a beleza das folhas das árvores
Vai tornar-se mais interessante…

Hoje existo eu apenas…e o mar…
À espera daquele a quem chamo
O amor da minha vida!!...
Hei-de existir sempre eu apenas e o mar
Sozinha…porque somos sozinhos…

E mesmo não conseguindo entrar no teu olhar
Imagino os teus olhos
Olhando, com os meus,
Nesta noite que podia ser tão nossa…

Um comentário:

  1. Mesmo depois da solidão, estarei sozinho. Quando preciso de vendaval, é a brisa a vir. Mesmo depois da vida, estarei vivo, quanto mais não seja para continuar a aprender como tudo pode correr, não mal, mas quase bem. O mar, tenho-o eu dentro de mim, a correr-me nas veias, a explodir-me na criatividade, meu eixo e essência.
    Não existe outro olhar, existe eu olhar e vislumbrar a ausência. E nesse momento de consciência, ela penetra-me como se espada fosse. Não morro. Acontece algo pior. Continuo vivo.
    Bj, P.

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