segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

As minhas mãos...




"As minhas mãos
voam em círculo
rasando suavemente
sobre todo o teu corpo
sem encontrarem
lugar onde parar...
Interrogam e respondem,
Pousam e levantam,
procurando reler
onde nascem os teus rios...
e então descem...

Chamar-lhes-ei
todos os nomes que sirvam
o desejo...

Confusas, perguntam
os caminhos onde encontrem
a vertigem do sentir...
e por atalhos
chegam a recantos
do teu corpo
e se apropriam
do teu fruto duro,
objecto da espera,
ajustando-se plenamente a ele
e nunca se queimando..."

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